quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Mais um conto de bar

Imagem reprodução



Aquele homem no balcão do bar, 
Devorava-te com o olhar, 
Não imaginava a quão fera, 
Inquieta, serena, complexa, 
Dentro dela estava a morar. 

Aquele homem desconhecido, 
Tentava lhe despir a alma, 
Intocável, fechada, caótica, 
Não era para ele essa nudez. 
Conseguir essa essência despida, 
Missão concluída por poucos. 

Aquele homem que não a conhecia, 
Que não a lia, nem ao menos seu nome sabia, 
Talvez a achasse frágil, sozinha. 
Coitado! 
Mal imaginaria que sua melhor companhia 
Eram pensamentos vagos, soltos pelo vento. 

Aquele homem que a via, 
Deslizando a mão sobre a mesa de madeira, 
Rindo de qualquer besteira, 
Fantasiava suas necessidades. 
Coitado! 
Mal ele imaginaria que ela é mulher de verdade.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016





Por Armindo Paim


As flores salpicam 
Ser Adriana 
Levantar o céu 
Deixar a noite escrever 
Sorrir para vida em sentido caminhante 
Escrever o teu nome 
Reacender memórias que se apagam na escuridão das cinzas 
Quem és tu? 
Menina mulher 
Que no gingar da baiana pintas quadros sem destaque
És borboleta 
A tempestade em tempos de luar 
Teu perfume me conduz 
Nas ruas das madalenas 
Teu nome gravado 
Numa praça 
Que vende sonhos 
Quem és tu ?