quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Um acaso de um caso

Imagem: Reprodução/ Google

Por Adriana Ishikawa

Seria acaso,
Encontrar um caso.
Que por acaso
Sua alma casou?

Da intimidade,
Da mais profunda,
Daquele caso.
Um dia amou?

E das nuances
Daquele rosto,
Daquele olhar..
Por acaso
Ainda lembrou?

Por acaso,
Aquele caso,
Que talvez amasse,
Hoje choraste,
Da lembrança que ficou?

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Estilhaços da Paixão

Imagem Reprodução/Google

Por Adriana Ishikawa


Às vezes me pergunto se você não sabe,
o quanto sabe do que eu sei,
o quanto sei do que sabe,
do quanto queria que soubesse.

Às vezes me pergunto se você não sente,
o quanto sente do que eu sinto,
o quanto sinto do que sente,
do quanto eu queria que sentisse.

Às vezes me pergunto se haveria uma nova oportunidade,
uma nova oportunidade que anseio,
o anseio que desejasse,
que ainda existisse um novo momento.

Às vezes me pergunto por que tantas lembranças,
o quanto lembro de ti,
o quanto lembra de mim,
o quanto ainda lembramos,
das lembranças que ainda temos.

Às vezes me pergunto se será para sempre,
não saber  o que não sei,
Se eternizará o que eu sinto,
mesmo sem saber o que sente.
Se existiria um novo momento,
em que você me amasse,
mesmo sem saber se já me amou.
Ainda que há lembranças,
apenas lembranças agora serão?

As vezes me pergunto se para sempre,
para sempre eternizará.
Com ponteiros congelados,
dias nublados.
E eu a escrever,
Sempre a escrever...
o quanto queria voltar.

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Dúvida desalenta

Imagem: Reprodução

Por Adriana Ishikawa


De cores vivas,
Morto já está.
Aconchega-se ao lado esquerdo,
Deita-se em minha alma,
Sussurra acalento,
Desalento é seu momento.

Aquele amante, solitário.
É o coração...
Diz que tudo sabe:
Você sabe?
Eu sei.
O que sabe?
Não sei.
Intensa indecisão,
Palpitando uma resposta:
Que resposta?
Não sei,
Só sei da solidão



terça-feira, 28 de agosto de 2012

As Quatro estações


Sou feita de estações.
Primavera e verão;
outono e inverno.
Sem ordem e sem regras.
Apenas minha essência.

Sou a primavera quando entrelaço em seus abraços;
meu sorriso desabrocha como flores da estação;
os pássaros são azuis e as flores coloridas;
acompanham-me durante quatro meses.

Quebro regras, quando sou inverno;
ventania e tempo frio.
Não quero calor, não quero cores,
não quero folhas amareladas.
Não gosto desta estação cinza;
mas quando você se vai,
o tempo sempre esfria.

É uma confusão de clima, de tempo.
Torno-me outono após alguns meses.
As folhas caem, tempo ameno;
um tom amarelo predomina meu ser;
meio neutra e mais equilibrada!

Mas o que gosto mesmo é do calor;
Quente, alegre, com o brilho do sol.
Serão vividos durante o verão:
beijos ardentes e abraços calorosos.
Por fim aqueceremos nossas vidas;
para que eternize pelas quatro estações.



Adriana Ishikawa

terça-feira, 31 de julho de 2012

Fixação

Caí a noite, deito-me;
Em meio a vastos pensamentos
direciona a uma vertente: Você!

Questiono-me sobre esse vício da sua presença;
não acho respostas concretas,
não acho compreendimentos plausíveis,
Começo a entender que não há motivos e razões,
simplesmente fatos, momentos:
fato de sua existência,
momentos que passamos juntos.

Vem a madrugada, vento uivando;
soa como a nossa música;
Aquela que a cada vez que toca,
arranca sorrisos de meus lábios.
Um sonoro agradável..
Acompanhado de sua imagem em minha mente.

O dia quase amanhece, ainda sobre a cama;
Bate a saudade de acordar ao seu lado,
ter o beijo de bom dia,
o abraço mais aconchegante.
E ainda entrelaçados, sentir seu coração palpitar.

Enfim, caio no sono e em sonho...
Lá vem ele, belo e formoso,
estampado com um sorriso no rosto.
Mexe em meus cabelos,
pega em minhas mãos,
beija-me a testa.
Sutilmente puxa-me ao seu corpo,
tocando meus lábios, me beija.

O dia amanhece ensolarado,
ilumina o quarto pela janela
Acordo para mais um dia.
Em demasiado devaneios,
é com você que se inicia.


Por Adrina Ishikawa




  

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Dez minutos

Eu só preciso de dez minutos,
Para lhe dizer o quanto lhe queria;

Eu só preciso de nove minutos,
Para envolver-me em seus braços;

Eu só preciso de oito minutos,
Para ver em seus lábios, um sorriso;

Eu só preciso de sete minutos,
Para sentir seu toque sobre meu rosto;

Eu só preciso de seis minutos,
Para em seu olhar desvendar-te;

Eu só preciso de cinco minutos,
Para sentir seu cheiro;

Eu só preciso de quatro minutos,
Para as lágrimas caírem;

Eu só preciso de três minutos,
Para desde já, sentir saudades;

Eu só preciso de dois minutos;
Para dizer o quanto é importante para mim;

Agora preciso só de um minuto,
Para lembrar de uma vida toda e partir.







Adriana Ishikawa

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Aquela Mulher



Era uma vez, uma menina,
cheia de sonhos e fantasias.
Era uma vez uma adolescente,
com rebeldias em demasia,
Era uma vez uma moça,
nem mulher, nem menina,
mas exuberante e linda.

Um dia...tornou-se mulher;

Ninguém mais a reconhecia,
aquele olhar de menina, já não possuía,
a impertinencia da adolescente já ficou para trás.
E aquela moça?
Não existia mais.

Fragmentos da menina, da adolescente e daquela moça,
tornou-se apenas uma mulher.
Aquela  que chorou pelos seus sonhos não realizados;
que arrependeu-se da falta de audácia;
que deixou seus traços delicados no passado.

Porém, ela é aquela quando você acorda pelas manhãs,
deixa seu café em sua mesa.
Ela é aquela que quando sorri,
o abraça e sorri contigo,
Ela é aquela que quando vê sua vitória,
se sente vitoriosa também.
Ela é aquela que quando sofre,
deseja  para ti seu sofrimento pela sua felicidade.
Ela ...
é  simplesmente aquela que te ama,
Que ama até seus defeitos.



Por Adriana Ishikawa









domingo, 25 de março de 2012

Inércias

Pulsante, pulsado...
Será que já pulsou?
Coração insano, sem anseios.
Com paixões largadas em alguma esquina.
Perdeu-se!
Ou se fez perder?
Logo, não se sabe, 
Diferença também não lhe faz.

Viajante, viajada...
Será que já viajou?
Alma prolixa, variante.
Com minuciosos passos,
Atravessa passarelas dos sonhos.
Quais são eles?
Logo, ela não sabe.
Diferença também não lhe  faz.

Amante, amada...
Será que já amou?
Menina pragmática, sensata.
Com olhar cauteloso,
Acompanha o larápio dos seus sentimentos,
Quem é ele?
Logo, ela já não mais sabe.
Diferença também não lhe faz.






Por Adriana Ishikawa