terça-feira, 29 de agosto de 2017

Diário de voo

Imagem: Google
Subi! O mais alto que pude;
Com asas brandas, cheguei ao céu.
Ah! Como era lindo.
A felicidade comandava o voejo;
Era um voo com destino certo.

Mas num elance do voo e vida,
Minhas asas foram cortadas,
Sem condolências, sem piedade.
Então, cai bruscamente...
Queda de sonhos, de expectativas.
Estava alto demais;
O vento em meu corpo, machucava minha alma.

Como poderia alguém forjar minhas asas?
Que dentre almas quiça um amor?
Sem pudor e sem condoimento me lançou?

Doeu! Machucou!
Feriu o mais íntimo da alma entregue.
Mas cheguei ao solo, nivelado, plano, liso;
Diferente de um voo sem assimetria.
Com o peito aberto e coração sangrando,
Fui recebida por anjos terrenos,
Que entre lenitivos, desvelaram o real.

Mas ainda que arriscado e incerto,
Eu nasci para voar.

(Adriana Ishikawa) 

quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

De todos amores do mundo...

Adriana Ishikawa

A solidão era minha parceira,
mas você me disse que eu não precisava ser mais sozinha.

Tinha muitos dias cinzas,
mas eu sei que você gosta de colorir cada minuto.

Existiam dores e amarguras,
mas seus olhos transbordam alegria com seu amor que cura.

Eu vivia no passado,
mas você me colocou no presente sendo o maior presente.

Desacreditada da vida,
mas para você é só um começo...
Meu e seu!

sábado, 1 de outubro de 2016

Perpétuo

Por Adriana Ishikawa

Quando o amor é grande: sufoca.
Quando a tristeza é forte: dilacera.
Quando quer cuidar: imponência.
Quando tenta ser forte: desaba.
Mas quando é mãe: tudo se supera.



quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Mais um conto de bar

Imagem reprodução



Aquele homem no balcão do bar, 
Devorava-te com o olhar, 
Não imaginava a quão fera, 
Inquieta, serena, complexa, 
Dentro dela estava a morar. 

Aquele homem desconhecido, 
Tentava lhe despir a alma, 
Intocável, fechada, caótica, 
Não era para ele essa nudez. 
Conseguir essa essência despida, 
Missão concluída por poucos. 

Aquele homem que não a conhecia, 
Que não a lia, nem ao menos seu nome sabia, 
Talvez a achasse frágil, sozinha. 
Coitado! 
Mal imaginaria que sua melhor companhia 
Eram pensamentos vagos, soltos pelo vento. 

Aquele homem que a via, 
Deslizando a mão sobre a mesa de madeira, 
Rindo de qualquer besteira, 
Fantasiava suas necessidades. 
Coitado! 
Mal ele imaginaria que ela é mulher de verdade.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016





Por Armindo Paim


As flores salpicam 
Ser Adriana 
Levantar o céu 
Deixar a noite escrever 
Sorrir para vida em sentido caminhante 
Escrever o teu nome 
Reacender memórias que se apagam na escuridão das cinzas 
Quem és tu? 
Menina mulher 
Que no gingar da baiana pintas quadros sem destaque
És borboleta 
A tempestade em tempos de luar 
Teu perfume me conduz 
Nas ruas das madalenas 
Teu nome gravado 
Numa praça 
Que vende sonhos 
Quem és tu ?

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Sentimentos oscilados

Por Adriana Ishikawa


Eu odeio...
quando passa a mão sobre meus cabelos, bagunçando minhas madeixas;
quando pergunta como estou, mesmo sabendo que estou bem.
quando me mima,  mesmo quando não mereço.
quando cuida de mim, sem se importar com que eu te ache parecido com meu pai.
quando diz que me adora, mesmo quando eu não digo nada.
quando me faz rir, mesmo quando quero chorar.
quando é tão perfeito, mesmo com suas imperfeições.
quando me beija, mesmo quando estou nervosa.
quando me abraça, mesmo quando eu te evito.
quando se ausenta, mesmo quando estou arisca.
quando te adoro, mesmo quando te odeio.
que te quero por toda vida, mesmo quando evito que você entre pra ficar.
que te odeio, por tanto te adorar.


quarta-feira, 20 de maio de 2015

O tempo e a colheita

Por Adriana Ishikawa

Imagem: reprodução

Destino desatino,
o que tens a me oferecer?
Entre vida de roseiras espinhosas,
olhares sumiram em multidões,
abraços perdidos no passado,
lembranças de um passado tão presente.

Presente saudoso,
do ávido passado,
que guiam nas entrelinhas,
através de desenhos do destino.
quem ensinam,
que acolhem,
que recordam.

Destino que enamora o futuro,
em aliança de amor,
renunciam vontades,
abdicam desejos,
para colheita do plantio no passado,
nem tão certo e nem tão errado.




terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Meu amor tem nome

Por Adriana Ishikawa


Se me questionarem sobre amor,
convictamente é gerar uma vida.
Se indagarem a saudade,
perpetuarei nela.
Se pronunciarem a dor,
não preciso mais explicações.
Se perguntarem de você,
eu anunciarei: amor, saudade e dor.

E se ainda restarem incertezas,
apenas complementarei:
partiu sem dar adeus;
firmou-me na saudade;
me destinou a dor;
aclareceu o que é vida.
E por fim, disse-me o nome do amor...
Logo declarou: Vitória.

 

quinta-feira, 13 de novembro de 2014


Por Jairo Gama


O coração pulsa como se fosse explodir.
Não sinto os pés.
Ilusões em meio a arrependimentos se mistura.
Uma dor inexplicável e a lembrança de momentos que você imagina que seria pra sempre.
O amor é apenas sentido quando não se pode compartilhar.
Fica os números de um bilhete premiado que você sabe que talvez nunca mais seja contemplado.
E a esperança que se um dia for saiba aproveitar melhor o prêmio.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Quando a vida ensina

Por Adriana Ishikawa



Um dia a gente descobre
que a vida é curta para os que não amam;
mas dolorosa para os que abrem o coração.

Um dia a gente encontra a paixão,
louca, ardente, consumidora, 
mas conhece também o ciúmes.

Um dia a gente entende
que por melhor que tente ser, 
nunca será bom o suficiente.

Um dia a gente sente
que não se escolhe o que sentir,
mas tem a opção de escolher.

Um dia a gente lamenta a ausência
dos beijos, abraços e carícias,
mas descobre uma forma de conviver sem eles.

Um dia a gente debulha em lágrimas,
possivelmente durante a jornada da noite,
mas ao amanhecer, tudo se renova.

Um dia a vida ensina
que você não é mais menina,
mas agora é uma mulher.





sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Das boas coisas que odeio:

Por Adriana Ishikawa




- A ausência do cheiro da pele,
- A falta das conversas fiadas,
- A privação das risadas,
- A lembrança dos beijos, abraços e caricias,
- A aversão de sentir isso tudo.

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Síntese dos desejos

Por Adriana Ishikawa


Queria um prefácio da alma,
uma resenha dos sonhos,
histórias inusitadas,
versos de experiências,
conclusões concretas.

Queria afirmativas,
que explicassem mistérios,
com segredos expostos,
fins infinitos;
utopias reais.

Queria pelo simples de fato de saber,
mesmo que saber não me faria compreender,
imaginar que sei algo que jamais saberei.
Uma vida enigmática,
devaneios incertos,
destinos improváveis.

Quero a incógnita mágica,
da incompreensão compreendida.
dos laços desamarrados,
da infelicidade feliz,
que eterniza nos fragmentos da vida.

Apenas mais um desejo...

























quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Incessante Procura.


Por Adriana Ishikawa


Como vai você?
Estou aqui esperando uma notícia sua,
um sorriso,
uma ligação,
uma nuance do que um dia existiu.
Lembranças e saudades que ficaram,
da sua voz que penetrava meus ouvidos,
de lábios que lentamente percorriam os meus,
dos seus abraços que me acolhiam,
do seu olhar que cruzavam os meus.
Fragmentos e palavras,
não ditas e não reveladas,
que hoje batem no peito,
girando a maçaneta do coração.
Questionando-se:
Onde está você?

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Entre riscos e rascunhos




Onde estão as cores do meu dia?

Azul, verde, amarelo, vermelho,

Entre tantas outras, somente a cinza.

Cinza que acinzenta minhas 24 horas.


Onde estão os rabiscos da alma?

Que desenham meu íntimo,

Pintando os moldes de minha essência,

Finalizando o meu verdadeiro “Eu”.


Onde estão os esboços da minha vida?

Com os fragmentos de felicidades roubadas,

De sonhos inacabados,

De certezas incertas.

E loucuras sensatas.


Meu dia, minha alma, minha vida...

Onde estão?



Por Adriana Ishikawa

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Um acaso de um caso

Imagem: Reprodução/ Google

Por Adriana Ishikawa

Seria acaso,
Encontrar um caso.
Que por acaso
Sua alma casou?

Da intimidade,
Da mais profunda,
Daquele caso.
Um dia amou?

E das nuances
Daquele rosto,
Daquele olhar..
Por acaso
Ainda lembrou?

Por acaso,
Aquele caso,
Que talvez amasse,
Hoje choraste,
Da lembrança que ficou?

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Estilhaços da Paixão

Imagem Reprodução/Google

Por Adriana Ishikawa


Às vezes me pergunto se você não sabe,
o quanto sabe do que eu sei,
o quanto sei do que sabe,
do quanto queria que soubesse.

Às vezes me pergunto se você não sente,
o quanto sente do que eu sinto,
o quanto sinto do que sente,
do quanto eu queria que sentisse.

Às vezes me pergunto se haveria uma nova oportunidade,
uma nova oportunidade que anseio,
o anseio que desejasse,
que ainda existisse um novo momento.

Às vezes me pergunto por que tantas lembranças,
o quanto lembro de ti,
o quanto lembra de mim,
o quanto ainda lembramos,
das lembranças que ainda temos.

Às vezes me pergunto se será para sempre,
não saber  o que não sei,
Se eternizará o que eu sinto,
mesmo sem saber o que sente.
Se existiria um novo momento,
em que você me amasse,
mesmo sem saber se já me amou.
Ainda que há lembranças,
apenas lembranças agora serão?

As vezes me pergunto se para sempre,
para sempre eternizará.
Com ponteiros congelados,
dias nublados.
E eu a escrever,
Sempre a escrever...
o quanto queria voltar.

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Dúvida desalenta

Imagem: Reprodução

Por Adriana Ishikawa


De cores vivas,
Morto já está.
Aconchega-se ao lado esquerdo,
Deita-se em minha alma,
Sussurra acalento,
Desalento é seu momento.

Aquele amante, solitário.
É o coração...
Diz que tudo sabe:
Você sabe?
Eu sei.
O que sabe?
Não sei.
Intensa indecisão,
Palpitando uma resposta:
Que resposta?
Não sei,
Só sei da solidão



terça-feira, 28 de agosto de 2012

As Quatro estações


Sou feita de estações.
Primavera e verão;
outono e inverno.
Sem ordem e sem regras.
Apenas minha essência.

Sou a primavera quando entrelaço em seus abraços;
meu sorriso desabrocha como flores da estação;
os pássaros são azuis e as flores coloridas;
acompanham-me durante quatro meses.

Quebro regras, quando sou inverno;
ventania e tempo frio.
Não quero calor, não quero cores,
não quero folhas amareladas.
Não gosto desta estação cinza;
mas quando você se vai,
o tempo sempre esfria.

É uma confusão de clima, de tempo.
Torno-me outono após alguns meses.
As folhas caem, tempo ameno;
um tom amarelo predomina meu ser;
meio neutra e mais equilibrada!

Mas o que gosto mesmo é do calor;
Quente, alegre, com o brilho do sol.
Serão vividos durante o verão:
beijos ardentes e abraços calorosos.
Por fim aqueceremos nossas vidas;
para que eternize pelas quatro estações.



Adriana Ishikawa

terça-feira, 31 de julho de 2012

Fixação

Caí a noite, deito-me;
Em meio a vastos pensamentos
direciona a uma vertente: Você!

Questiono-me sobre esse vício da sua presença;
não acho respostas concretas,
não acho compreendimentos plausíveis,
Começo a entender que não há motivos e razões,
simplesmente fatos, momentos:
fato de sua existência,
momentos que passamos juntos.

Vem a madrugada, vento uivando;
soa como a nossa música;
Aquela que a cada vez que toca,
arranca sorrisos de meus lábios.
Um sonoro agradável..
Acompanhado de sua imagem em minha mente.

O dia quase amanhece, ainda sobre a cama;
Bate a saudade de acordar ao seu lado,
ter o beijo de bom dia,
o abraço mais aconchegante.
E ainda entrelaçados, sentir seu coração palpitar.

Enfim, caio no sono e em sonho...
Lá vem ele, belo e formoso,
estampado com um sorriso no rosto.
Mexe em meus cabelos,
pega em minhas mãos,
beija-me a testa.
Sutilmente puxa-me ao seu corpo,
tocando meus lábios, me beija.

O dia amanhece ensolarado,
ilumina o quarto pela janela
Acordo para mais um dia.
Em demasiado devaneios,
é com você que se inicia.


Por Adrina Ishikawa




  

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Dez minutos

Eu só preciso de dez minutos,
Para lhe dizer o quanto lhe queria;

Eu só preciso de nove minutos,
Para envolver-me em seus braços;

Eu só preciso de oito minutos,
Para ver em seus lábios, um sorriso;

Eu só preciso de sete minutos,
Para sentir seu toque sobre meu rosto;

Eu só preciso de seis minutos,
Para em seu olhar desvendar-te;

Eu só preciso de cinco minutos,
Para sentir seu cheiro;

Eu só preciso de quatro minutos,
Para as lágrimas caírem;

Eu só preciso de três minutos,
Para desde já, sentir saudades;

Eu só preciso de dois minutos;
Para dizer o quanto é importante para mim;

Agora preciso só de um minuto,
Para lembrar de uma vida toda e partir.







Adriana Ishikawa